( texto originalmente plagiado por mim com devida autorização)

Jonh crescera nutrindo uma imagem negativa de Deus por causa da religião de seus pais, que colocavam medo nele dizendo: “Filho cuidado por onde você anda, o que você vê, o que você fala, e o que você faz, pois o papai do céu esta olhando para você, e ele esta em todo lugar que você vai, te vigiando 24 horas por dia”.
Na transição da fase da adolescência para a da juventude, Jonh resolvera se converter de vez aos preceitos evangélicos, assumindo o compromisso de servir ao Deus dos cristãos.
Passou a ler a bíblia muito mais dedicadamente, deixando de lado suas revistas outroramente prediletas da Marvel e Capcom, não faltava estando presente em todos os cultos diários, mesmo quando era para ir a uma festa de aniversario ou casamento, se consagrava diariamente na oração e jejum, e tentava não cometer os pecados tidos como abominação, pois tinha medo de que o Deus que seus pais lhe ensinaram, viesse puni-lo, já nesta vida, como também futuramente condenando- ao fogo eterno do inferno.
Mas Jonh por se achar um escolhido de Deus, via a si mesmo como a “ultima coca-cola no deserto”, sempre esperando que Deus viesse resolver os seus problemas. Nunca saia de casa para qualquer lugar, sem antes fazer uma oração pedindo a Deus proteção e livramento. Até mesmo para tomar decisões ele precisava orar pedindo uma direção e decisão de Deus.
Vivia uma vida muita ascética e rigorosa, assim como os seus pais, se abstendo dos prazeres mundanos da carne, pois entendera que aquilo era que agradava a Deus e que o conduziria para morar num céu eterno de gloria, de tal maneira que chegava a ser irresponsável e negligente com a sua vida presente, porque a final de contas – pensava ele – “se nesta vida aqui vou viver no máximo mais ou menos 70 e/ou 80 anos, e depois que eu morrer me espera ou um céu maravilhoso ou um inferno horroroso, sendo ambos eternos, então logo, meu principal objetivo é viver aqui da melhor maneira possível usando como uma ponte para me levar para o melhor lugar de todos”.
Era este tipo de pensamento e perspectiva que o consolava e mantinha a chama da inveja sob controle, de ver seus amigos ímpios curtindo a vida pra valer nas farras, e ele lá, de terno e gravata debaixo de um sol escaldante, todo suado, indo com a bíblia debaixo dos braços para o culto, mortificando os seus desejos mais íntimos e fortes, pois dizia para si mesmo: “Jonh, você é que um cara esperto, eles são bobos, pois você esta sacrificando sua vida aqui, para morar no céu de ruas de ouro e cristal, numa mansão celestial, enquanto eles, que estão aproveitando o máximo esta vida, caminham de passos largos para o inferno”.
Mesmo assim, Jonh que tentava a todo custo mentindo e enganando a si mesmo, seguir no seu objetivo máximo de ir para o céu quando morresse, lá no fundo do seu coração e inconsciente, ele desejava nem que fosse por um minuto apenas, se lambuzar na lama do pecado com os porcos, que ele julgava serem os seus amigos ímpios. Não obstante a tudo isto, ele chegou na sua vida juvenil a transgredir um dos maiores e principais mandamentos evangélicos, a saber; o de ter tido relação sexual com sua vizinha.
Apesar de ter tido um prazer indizível, não foi, contudo total, pois ele se sentiu culpado na hora e pior ainda depois do ato sexual, pois em todo momento da relação, aquela velha frase de seus pais assaltavam seu pensamento, de que o grande e poderoso olho divino estava contemplando tudo que ele fazia de errado.
Tanto isto é verdade, que seu primeiro sentimento após a relação sexual, foi de sentir nojo de si mesmo, se vendo como podre.
Pobre mesmo foi da moça que se sentiu a pior das mulheres por ver que ao invés de prazer tinha dado para Jonh um sentimento horrível, e sem entender nada ela se vestiu rapidamente e foi correndo embora chorando traumatizada por ser tão rui na cama.
Continua..................................
Por Marcio Alves
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