Evangelho1

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domingo, 17 de fevereiro de 2013

conversão





SOU FRUTO DA CONTRACONVERSÃO”

Eu nasci como muitos costumam dizer em berço evangélico. Desde os meus pais até os meus bisavós segue-se a ordem evangélica na família. Longe de você escolher qual caminho a trilhar (se bem que o caminho que meus pais me ensinaram jamais o abandonarei). Mas vemos o caso de muitos jovens que nasceram e criaram-se em ambiente evangélico chegar à fase adulta e desviar-se de tal caminho. Porque isso ocorre então? Eu passei por essa fase de descrença, mas tal fase deu-se referente aos dogmas da instituição religiosa. Sempre fui de confrontar os costumes da igreja com a Palavra Sagrada. Se não estava na Bíblia, não via razão para seguir a doutrina humana. Mas quando temos o chamado Divino em nossa vida, Deus se encarrega de nos guiar pelo melhor caminho.

Uma doutrina banal tem quase destruído o imperativo moral do evangelho. Pressões psicológicas são impostas às pessoas para levá-las a essa confissão. Métodos idênticos são usados pelos vendedores que tentam mercadejar seus produtos. As pessoas são levadas ao engano de pensar que por terem dito: “Recebo a Jesus como Salvador”, isso funcionará como uma porção mágica que solucionará problemas espirituais eternos. Quão frequentemente emerge a verdade real: “Tua vida é tua confissão?” Pois um homem pode fazer essa confissão doze vezes por dia, mas se o Espírito não paira sobre ele e o transforma, radicalmente, dando-lhe vitória sobre os vícios, obcecando-o com Cristo, então não terá havido salvação, mas apenas a concha vazia do fingimento. Não há confissão genuína de Cristo sem a renúncia paralela. “Toma a tua cruz”, disse Jesus; e a cruz é o símbolo da renúncia mais agonizante. Não poderá haver glória sem a cruz. É glória através da cruz. Não há outra glória.

Tudo isso é levado a extremismos quando as crenças que são impostas se multiplicam de modo que pertencer a certa denominação, que conserva estas opiniões torna-se o requisito para a própria salvação. E assim certas denominações chegam a asseverar que representam a igreja real. A conversão credal é aliada à conversão confessional. Não requer mudança na alma, substituindo-a meramente por um credo correto. Para converter-se, supostamente alguém deve confessar um credo, e assim tornar-se um membro fiel de uma denominação que prega certa doutrina. Vemos real perigo em substituir uma aceitação e defesa de qualquer credo em lugar do Objeto do credo, a saber, o Senhor Jesus. E dizemos “Senhor”, por que ninguém tem a Jesus como Salvador se também não o tem como Senhor.

Aquele que tem apenas uma conversão credal, se for pressionado, dirá que a conversão é mais do que a aceitação de um credo; porém, a crer no que se ouve em muitos sermões acerca de atitudes básicas de algumas pessoas, o credo ainda é o elemento mais importante para muitos, e não a experiência da transformação, o meio da transformação vital. A transformação de que falo também não é efetuada só porque se crê em certas crenças. Um sábio disse: “Tu crês? Fazes bem. Até os demônios podem crer corretamente”. Um poder maligno pode crer corretamente, mas não tem a Jesus como Senhor. Ora, nem é um opositor de Cristo, e nem é um poder maligno. Mas teu credo e tua aceitação do mesmo não são melhores do que os de um demônio, a menos que haja real transformação de tua vida, atitudes e motivos, como obsessão de teu ser.

Partindo para o fruto da contraconversão, esta, é uma experiência comum entre pessoas sérias em sua religiosidade. Podemos ilustrar o tema considerando alguns casos concretos. Eis um homem, criado em lar e igreja cristãos, e que talvez estudou em escola evangélica. Ele é o produto de uma certa atmosfera religiosa. Quando era jovem, fez a confissão e a seguir, sem resistência, mediante certo credo e por sempre ater-se a certa denominação. Tudo isso é bom para a juventude. Mas, na realidade, ele nunca teve de tomar suas próprias decisões religiosas. As pressões psicológicas externas é que fizeram dele o que ele é. Talvez ele até negue isso, se for indagado diretamente, e talvez até propague a sua fé entre os jovens amigos. Mas, quando ele tiver mais idade, quando adquirir experiências na vida começará a transformar-se. Talvez desafie abertamente algumas de suas crenças anteriores. Talvez até se desvie para o ceticismo ou para o ateísmo, por algum tempo. Com ou sem essa manifestação radical, ele passa definidamente por um período de agonia mental. Considera rasas as suas anteriores expressões religiosas, e sua alma anela por algo mais vital, que tenha poder, e que não consista de mero dogma. Pode passar pela noite negra da alma. Então ele começa a emergir na idade madura. Sua agonia flui na forma de novo tipo de satisfação. Ele integra o que ele era, preservando seus melhores pontos, como aquilo em que vai se tornando. Sua fé adquire força nova. Pode associar-se a novas pessoas. De fato, tornou-se uma pessoa nova. Experimentou uma contraconversão, ou como sabemos, conheceu a graça de Cristo.

Seja como for, sua experiência é real, e no seu caso pode terminar em experiência muito satisfatória e abençoada. Se for interrogado acerca da validade da conversão passada, ele dirá que foi apenas forma sem substância, ou então poderá considerar sua contraconversão um simples crescimento na experiência religiosa e na fé. Talvez foi algo como isso que Jesus exigiu de Pedro, ao dizer: “...quando te converteres, fortalece aos teus irmãos” (Lucas 22.32). Quantos de nós ocupamos o lugar de Pedro. Estamos convertidos (?), mas precisamos daquela experiência mais profunda (Graça), que nos tornará úteis para outros, especialmente aqueles que esperam de nós ensino, exemplo ou qualquer sorte de ajuda.

Pr. Philipe.


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