Ainda não tinha escrito uma linha sequer deste artigo, quando pode lê uma frase na traseira de um carro. Falava de um Deus irado, justiceiro e que estava preste a esmagar o pecador que não se se arrepende. Outrora tinha Aprendido que Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. Depois vi outro comentário diferente. Deus abomina o pecado, como também o pecador. Que bagunça! Mas tudo bem, Este é o “Jezus” Cristão, que lá do céu, espera fazer juízo na terra. Ele esta de braços abertos esperando que as pessoas o reconheçam como Senhor e salvador. Nisto elas tem pouco tempo para irem até a igreja no Domingo à noite e confessarem publicamente que ele é o Senhor. Pena que isto nem sempre funciona!
Outrora conhecia “Jezus” que curava, libertava e dava vida com abundancia. Cansei de sair por ai anunciando a solução para os problemas das pessoas. Mas eu não poderia pecar, jamais! Ora, Poderia perder a salvação, ou derrepente ele poderia voltar e não me arrebatar para os céus. Ai de mim na grande tribulação! Então nada de cometer pecado.
Conseguia ser perfeito na igreja, lá fora o comportamento mudava um pouquinho e eu sentia uma culpa desgraçada!
Não poderia brincar, tinha que ser serio nada de ficar de dentro de casa sem camisa, nada de sair até a esquina sem calça. Mas escapulia. A criança dentro de mim queria brincar, namorar, e eu morria de desejos pelas mulheres, ali em cubado dentro de mim. Mas tudo bem era só repreender:
TA AMARRADO EM NOME DE JEZUS!!!
Não demorou muito para que eu desaflora-se a puberdade em mim reprimida. Derrepente chutei o balde! Não quis mais saber de igreja e cai na bagaceira. O meu primeiro palavrão foi constrangedor, depois delicioso. Minha primeira noite de farra foi esquisita, mas libertadora.
Sentia-me livre de “Jezus” e do julgo da sua igreja. Esta era a sensação que tinha, misturado com uma duvida terrível e esmagadora, com mais uma pitadinha de culpa, que me levava a desejar nunca ter conhecido a suposta verdade do cristianismo. E a duvida ficava pendurada. Se Cristo é a liberdade, porque é que depois de deixá-lo senti-me livre?
O tempo passou, assim como minha vergonha e culpa. Porém outro sentimento começou a me consumir. Era o medo da morte e do inferno, que me atormentavam dia e noite. A diferença ficava que antes era medo de perder a salvação, depois passou a ser o medo de sem salvação ir para o inferno. Mesmo assim continuei, e passei a repudiar todo pensamento sobre Deus e igreja.
Lá veio meu primeiro porre. Constrangedor!
Depois veio minha primeira transa. Detestável, mas agradável pra qualquer macho!
E o pensamento infernal não me abandonava. Porém eu continuava repudiando.
O tempo passou e retornei a vida religiosa. Só que desta vez desejando continuar livre, pra beber, ouvir musica de metal pesado, falar palavrão e viver normal. Só que não deu!
Mergulhei na fé novamente, mesmo contra minha vontade. Voltei e na minha cabeça estava novamente nos braços de “Jezus” da igreja. só que desta vez a graça de Deus me alcançou e eu pensava que fosse a mesma coisa de antes, mas dentro de mim algo nasceu pra valer! Era o que desejava antigamente, o Espírito que o mundo não pode receber porque não o viu nem o conhece. Estava dentro de mim! As amarras da religião foram se rompendo, o “Jezus” que antes conhecia transformou-se em um ser bizarro. O medo e a culpa foram se consumindo como pó ao vento, e eu fui crescendo e aprendendo. Consegui enxergar a vida! E hoje vivo desejando vive-la.
Se para os Cristões Jesus é a vida. viver para eles é a igreja.
Para mim a coisa mudou. Cristo é a vida a ser vivida. O viver é pra ele!
Sem culpa, medo, pavor algum. Seja do inferno, da morte ou do pecado. Ou mesmo da falta da igreja.
O pecado para mim tornou-se algo muito mais existencial e ao mesmo tempo relacional, incluindo o amor a Deus e ao próximo, do que o pecado moral, que afeta somente a mim mesmo. Não me culpo em ouvir uma boa musica,( do meu gosto é claro!), mesmo que seja o rock pesado do Metallica. Nem em bebe um bom copo de vinho gelado, ou dizer que não vou mais pra igreja no domingo, ou participar de qualquer instituição denominacional. Nem sinto culpa alguma de fazer amor com a mulher que amor, do jeito que eu quiser.
Não acredito no legalismo, nem na barganha com Deus. A credito somente na obra feita na cruz, que pede apenas para crê e assim receber vida. Uma obra feita por Deus em meio a Jesus.
Sim, o Jesus comilão e beberão amigo dos pecadores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário